Alunos do 1.º ano de TPA em Visita de Estudo à Agros e à Antiga Cadeia da Relação do Porto - 6 de dezembro de 2023

No dia 6 de dezembro, as turmas do 1.º A e 1.º B do Curso Profissional Técnico de Produção Agropecuária rumaram ao Porto para uma visita em contexto de aula à Agros e à Antiga Cadeia da Relação do Porto e atual Centro Português de Fotografia.

Os alunos foram acompanhados pelos professores de Área de Integração, Catarina Rodrigues, de Economia e Gestão (EG), Petros Rekas, de Português, Luísa Lages, e de TIC, Clara Fernandes.

Esta atividade surgiu no âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento (visita à Antiga Cadeia da Relação do Porto e atual Centro Português de Fotografia) para os alunos tomarem contacto com a casa onde, há duas décadas, o Centro Português de Fotografia (CPF) está sediado e tem mais memórias do que qualquer rolo poderia revelar. Com mais de 200 anos de história, a antiga Cadeia da Relação assistiu ao enclausuramento de ilustres e anónimos, homens, mulheres e menores. Sentenças mais ou menos justas, à desgraça de uns e à salvação de outros por entre corredores que, ainda hoje, transmitem o frio de vidas no cárcere. Só o 25 de abril de 1974 viria pôr fim à Cadeia da Relação, com os seus detidos a serem transferidos para o novo estabelecimento prisional do Porto, em Custóias.

Classificado atualmente como monumento nacional, o edifício começou a ser construído na década de 60 do século XVIII como resposta ao desabamento do espaço anteriormente construído com dinheiro dos que, no século XVII, fugiam ao degredo para a África. Só terminaria 30 anos e 200 contos de réis mais tarde.

A nova Cadeia da Relação albergou, ainda, o Tribunal da Relação, e apresentava enxovias com nomes de santos: Santo António, Sant'Ana, para homens; Santa Teresa para mulheres; e Santa Rita para menores. Tinham apenas acesso através de alçapões. O Senhor de Matosinhos supervisionava a oficina e São Vítor vigiava as prisões castigo. Também era possível cumprir pena nos salões do Carmo e de São José, mas, porque o piso era melhor, era preciso despender 1$500 réis para ali dormir.

Além destas valências, outras foram surgindo ao longo do tempo: um oratório para os condenados à morte, quartos para presos “incomunicáveis”, uma capela, um pátio, o posto antropométrico e a respetiva secção fotográfica, oficinas de alfaiataria e sapataria e um “parlatório” que era isso mesmo: um local para os presos conversarem com as visitas.

O tratamento na prisão tinha uma relação direta com o tipo de crime cometido, o estatuto social e a capacidade do detido para pagar. Durante os 200 anos, funcionou sempre sobrelotada.

Numa perspetiva de pluralismo e articulação curricular, os alunos visitaram também as instalações da AGROS. De acordo com os objetivos propostos relacionados com a aquisição de competências na área do associativismo agrícola, integrados na componente formativa das UFCD de EG, as turmas tiveram a oportunidade de visitar as instalações da AGROS- União de Cooperativas de Produtores de Leite, em Vila do Conde.

A entidade acolheu os nossos alunos com grande profissionalismo, demonstrando grande abertura, o que contribuiu para ampliar as competências na área do associativismo e cooperativismo agrícola. Esta visita permitiu ainda reforçar a importância da aproximação da Escola ao mercado e ganhar abertura para a integração de novas realidades do setor agrícola.

Uma visita a repetir!

Gratos pela partilha de Conhecimento!

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